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"Nós somos como QUEIXADAS: todos juntos!"

O Povo YAWANAWÁ 

Tomando as queixadas (yawa) como símbolo, o discurso yawanawá reafirma a coesão grupal e uma relação estável com o território que na atualidade constitui a Terra Indígena Rio Gregório.

 

Os Yawanawá são um povo indígena que habita a Área Indígena Rio Gregório, no município de Tarauacá, no Oeste do estado do Acre, no Brasil. São, aproximadamente, entre 1000 e 2000 pessoas, atualmente.

. Atualmente, trabalhamos com 3 comunidades ao longo do Rio Gregório: Aldeia Nova Esperança, Yawarani e Mutum.

 

Nestas comunidades desenvolvemos parcerias em diversos níveis de trabalho, desde a divulgação de sua ARTE especial até ROTEIROS ESPECIAIS em FESTIVAIS ou FORA de ÉPOCA ou ATIVIDADES CULTURAIS em cidades do Brasil.

     O nome "Yawanawá" significa, literalmente, "Povo do Queixada".

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    A formação étnica do povo Yawanawá conta com outros povos (ou clãs) da família linguística Pano (também chamados, de modo genérico, "Nawa"). São eles: Rununawa ("povo-serpente"), Shawanawa ("povo-arara"), Sainawa ("povo do grito, da palavra ou da canção"), Ushunawa ("povo da garça branca"), Escunawa ("povo do japó") e Katukina, entre eles denominados Camanawa ("povo da onça ou do cachorro", dependendo da fonte). 

   

Destes povos, os Escunawa, Katukina e Shawanawa possuem território próprio, sendo que os Escunáwa históricos passaram a ser denominados Shanenawa e também, erroneamente, KatuKina. Os demais acabaram sendo absorvidos pelos povos existentes. 

   

Entre os Yawanawá, contudo, há conhecimento de quais famílias pertencem a determinado povo (ou clã).

As festas têm grande importância sociopolítica, porque mantêm as relações internas e externas.

 

O nome dado genericamente às festas é SAITI, que significa gritar. Destacam-se festas como o MARIRI, da CAIÇUMA, denominada um aki, que pode prolongar-se por dias e enfoca as relações intertribais.

 

  Os Yawanawá iniciam sua preparação para as festas com admiráveis pinturas corporais, que encantam por sua forma e cores. Possuem refinado padrão estético, que pode ser demonstrado na composição de seu visual.

Suas festas também têm um caráter espiritual, quando bebem o UNI (Ayahuasca), para se comunicarem com os espíritos dos seus ancestrais, a fim de obter ajuda para solucionar problemas.

Mais informação sobre DIETAS,

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Esse aspecto merece destaque pela sua relevância na constituição e continuidade da cultura Yawanawá, pois a pajelança atende aos pedidos de cura, mas também pode causá-las, como também pode orientar nos procedimentos de guerra, nas fórmulas para uma boa caçada.

 

Para se tornar um pajé é necessário uma rígida preparação, que consiste na realização de DIETAS e RESGUARDOS, ingestão de substâncias enteógenas e aprendizado de cantos.

Pajé Tata (97 anos) e Pajé Yawarani (104 anos)

                                  HISTÓRIA

     

 

A Terra Indígena do Rio Gregório foi demarcada na década de 1980. Em 1993, a tribo realizou um acordo comercial com a empresa estadunidense Aveda para o fornecimento de urucum a ser utilizado na fabricação de cosméticos. Graças ao acordo, a tribo teve condições econômicas de resgatar sua cultura tradicional, que estava se perdendo. A Terra Indígena do Rio Gregório foi ampliada para 182 mil hectares em 2007 pela Fundação Nacional do Índio.

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              ECONOMIA

    

As principais atividades produtivas são a caça, pesca e agricultura de subsistência com o plantio de milho, mandioca, arroz e banana, principalmente.  

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Os Yawanawá têm se dedicado também à produção de urucum (bixa orellana) destinado à fabricação de cosméticos, à produção de óleos nativos como o de andiroba e à produção artesanal de móveis a partir de madeiras de árvores mortas.

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  Sua base alimentar fundamenta-se na caça e na pesca. Nas pescarias também utilizam diversos venenos vegetais, como o tingui e leite de açacu, fazendo os peixes boiarem. No inverno, realizam o ritual da yuina yunua, em que as mulheres trocam carne de caça por pamonha. Na agricultura obtêm a complemen-tação da alimentação. Dentre os cultivos mais apreciados estão a mandioca, o milho e a banana, porém plantam também arroz, batata-doce, mamão, abacaxi e cana-de-açúcar.

ARTESANATO

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O domínio das técnicas artesanais está restrito às mulheres mais velhas, por questões sociais resultantes do contato. Dentre a variada produção cultural destacam-se os desenhos corporais usados no saiti, feitos de urucum e genipapo fixados à pele por uma resina. Os homens fazem as armas, como lanças, arcos, flechas e bordunas. Sua produção exige o cumprimento de resguardos. Os artesanatos produzidos pelas mulheres são a cerâmica, cestarias, linhas e desenhos.

Quadros de Hushahu Yawanawá
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